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FAN, Festival de Arte Negra, Belo Horizonte, Minas Gerais, 2013.

Oficina Afrokartonera

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Aquisição de livros pela Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Teresinha, Ibirubá- RS.

Diretora Taciana Basso e a bibliotecária Sandra Faria, 07-08-12.

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Exposição Katarina Kartonera no hall do Centro de Comunicação e Expressão da Universidade Federal de Santa Catarina, de 5 e 6 de julho / 2012

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*fotografia estudante jornalismo UFSC (não identificado)

livros de "cartón" (papelão) feitos à mão

capas que não se repetem

lançamento do livro Xupando Xilikona de Jorge Kanese (PY)

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XUPANDO

XILIKONA

XÔ®XÊ Ka:

miniantolojìa

autoerôtika

provisoria

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grátis pdf e book http://katarinakartonera.wdfiles.com/local--files/eventos/XUPANDO%20xilikona%281%29%281%29.pdf

Internacionalização Sudaka da Katarina Kartonera.

Depois do portunhol selbajem, em Triplefrontera Dreams, por Douglas Diegues, e do poru'ñol, em Las Putas Drogas, de Cristino Bogado, obras publicadas pela KK, apresentamos agora outra inquietação, um texto escrito em yopará, XUPANDO XILIKONA- XÔ®XÊ Ka - miniantolojìa autoerôtika provisoria, por Jorge Canese.

Trata-se de uma escrita poema baseada na língua híbrida de guarani com espanhol falado em Assunção (PY).

Trecho de Xupando Xilokona:

13. ÚLTIMA CENA.

¡Corten carajo! Ketchup. Moral. Hipocondría. Chau amigos, amigotes, cantantes, merodeadores. Nosotros somos lo(s) que somos. Somos la trampa y el vaivén. El trampolín después de todo. El cadáver putrefacto que se murió cogiendo. Chau morochos mocosos. Mulatas del porvenir. Angelitos traviesos. Y más allá de los cuerpos: un saludito a los curas y a los santos, a las putas y los pretendidos poetas. Que os coma el cuco. Que os arrulle el huracán. La última etiqueta. Este es mi cuerpo. Y es tu vino. Otro saludito último-pahagué a los monos, a las feas y a los maricas de toda laya, porque ellos (con toda seguridad) no entrarán jamás en el reino de los muertos. Idiotas solemnes: son inmortales. A todos vosotros pues: chau-ché, hasta jamás de los jamases, porque aunque procuréis como tarados no llegaréis a entender ni así de nuestro (maldito) idioma. Peikatunte anga chetelefoneáke, terapa emo´i ne-mensaje kontestador automátikope, ikatu uperö (anga che tiempope) porodevolveta la llamada katueteí. Cherenoike. Ani peneresarai. Terata-pa eiké-katu nderevikuaitépe peë añaraköpeguaré-partida. Poro´u-laya. ¡Vairos! Que ni pintados para prometer amores y revueltas que nunca cumpliréis. Epytá upepe. ¡Atrás!

CANESE, Jorge. Xupando Xilikona — xô®xêka — miniantolojia autoerôtika provisoria. Florianópolis — SC. Ed. Katarina Kartonera, 2012, 18 p.

AUTO BIOGRAFÍA

“(…) Estuvo preso torturado y exiliado sigue creyendo en la poesía aunque muy poco en la que se inscribe como tal propone – al borde de la tercera edad-una porno.post.vanguardia dado que la pornografía es el linguaje universal de nuestro tempo y una ultravanguardia como única salida espiritual eficaz al pasmo depressivo contemporâneo al autismo repetitivo vacío y cansador al pesimismo decadente.”

Sobre o autor

Jorge Canese (Asunción, 1947): Poeta y narrador. Médico de profesión y profesor de la Facultad de Ciencias Médicas de Asunción, Canese integra la denominada «promoción del 70» y ha estado vinculado a la segunda época de la Revista Criterio (1976-77). Títulos publicados, entre otros: MÁS POESÍA (1977), ESPERANDO EL VIENTO (1981), PALOMA BLANCA, PALOMA NEGRA (1982) ─ uno de los pocos libros censurados y secuestrados (durante la dictadura de Stroessner) el mismo año de su publicación─, AHÁTA AJU (1984), DE GUA'U (LA GENTE NO CAMBIA) (1986), KANTOS DEL AKANTILADO (1987), ALEGRÍAS DEL PURGATORIO (1989), AMORPURO Y SINCERO (1995), ¿ASÍ-NO-VALE?(cuentos; 1987), STROESSNER ROTO (novela; 1989), PAPELES DE LUCY-FER(género mixto: novela-poesía-ensayo; 1992), EN EL PAÍS DE LAS MUJERES (cuentos; 1995), APOLOGÍA A UNA SILLA DE RUEDAS(1995), librito que reúne cuatro breves ensayos satírico-paródicos sobre la problemática nacional, LOS HALCONES ROSADOS (novela; 1998).

moc.liamtoh|esenacj#moc.liamtoh|esenacj / moc.liamg|kesenacj#moc.liamg|kesenacj

http://www.portalguarani.com/autores


Retratos do encontro Salão Internacional do Livro (12 de maio de 2012), cidade triplefronteira de Foz do Iguaçu / PR.

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Salão Internacional do Livro / Foz do Iguçu (12 de maio/2012)

UNILA Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
http://www.unila.edu.br/noticia/sal%C3%A3o-internacional-livro

Mesa: “Do artesanal ao virtual: consumo e produção literária no século XXI”

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Reynaldo Damazio (editor, poeta e crítico), Bruno López Petzoldt (Professor da UNILA) e Evandro Rodrigues

Programação evento http://www.unila.edu.br/noticia/sal%C3%A3o-internacional-livro


Fenômeno internacional promovido pelos coletivos cartoneros

Animita Cartonera (Chile), Atarraya Cartonera (Puerto Rico), Barco Borracho (Argentina), Caracoles y kurupis (Uruguay), Cartonera Cohuina (México), Cartonerita Solar (Argentina), Casamanita cartonera (México), Cizarra Cartonera (El Salvador), Dulcinéia Catadora (Brasil), Eloisa Cartonera (Argentina), Felicita Cartonera (Paraguay), Katarina Kartonera (Brasil), kutsemba cartão (Moçambique), La Cartonera (México), La propia cartonera (Uruguay), Luz Azul (República Dominicana), Mamacha Cartonera (Colômbia), Mandrágora Cartonera editorial (Bolívia), Matapalo Cartonera (Equador), Mehr als Bücher (Alemanha), Mburukujarami Kartonera (Paraguay), My Lourdes Cartonera (El Salvador), Nicotina Cartonera (Bolívia), Otracosa Cartonera (Peru), Patasola Cartonera (Colômbia), PoesiacomC (Suécia), Regia Cartonera (México), Santa Muerte Cartonera (México), Sarita Cartonera (Peru), Textos de Carton (Argentina), Ultramarina Cartonera (España), Yerba Mala Cartonera (Bolívia), Yiyi Jambo (Paraguay), (…).

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Imagem: la ratona cartonera, México http://www.laratonacartonera.blogspot.com.br/

KUTSEMBA CARTÃO*nasceu em Moçambique em abril de 2010, seguindo o modelo plural das editoras «cartoneras» que se têm disseminado por toda a América Latina desde 2003, e participando da sua consciência político-social de reciclagem e trabalho comunitário. Com esse objectivo em mente, propôs-se desenvolver projectos na comunidade através da sua inclusão em ateliers de manufactura de livros, assim como noutras actividades educacionais. Nos primeiros oito meses após a criação de Kutsemba foram lançados 16 títulos nas colecções de Teatro, Narrativa, Ficção, Poesia, Literatura Infantil e Contos Orais. Publicaram-se livros em português, mas também foram feitas algumas edições em espanhol, inglês e changana. O intenso trabalho realizado por Kutsemba Cartão não teria sido possível sem a generosidade dos autores que cederam os direitos de publicação das suas obras; sem o decisivo apoio da Embaixada de Espanha em Moçambique; e sem a valiosa ajuda de «cartoneras»-irmãs na América Latina, sendo as que maior destaque merecem Katarina Kartonera e Dulcinéia Catadora no Brasil.

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«Esperança de cartão», «Confiar no cartão»… «Esperança» e «confiar», são alguns dos vários significados da palavra «kutsemba» em língua tsonga (changana), uma das mais faladas no sul de Moçambique.

Meninas Cartoneras Editorial, Madri-ESP

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(Religião POLÍTICAMENTE INCORRECTA: Meninas Cartoneras es la primera editorial cartonera en España. Una editorial cartonera que reúne RECICLAJE, LITERATURA Y EXPRESIÓN PLÁSTICA. El compromiso social es lo que completa nuestros principios.)


TRIPLEFRONTERA DREAMS, de Douglas Diegues, na Katarina Kartonera (en portunhol selbajem)

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Poesia


Poços, por Wiliam de Oliveira, 2012.

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Crônicas


Katarina Kartonera na 1ª Feria do Livro kartonero Mercosul, dias 8,9,10 e 11 de Junho de 2011, Centro Cultural Manzana de la Rivera, cidade de Assunção, Paraguai.

Exposição de livros e oficinas cartoneras

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Un lanzamiento "split" entre Katarina Kartonera del Brasil y Kutesemba Kartão, nada menos que de Mozambique. Mulher asfalto. Texto de Alain-Kamil Martial, traduzido e adaptado por Lucrécia Paco. La belleza de las mujeres de la urbe ha inspirado más de una obra de arte -y no queremos caer en el machismo de pretender que ellas son sòlo musas inspiradoras, por eso, a modo de ejemplo, mencionaremos el homenaje de una mujer a otra mujer: "La flor de la canela", canción compuesta por Chabuca Granda. Ésta "Mulher Asfalto" es otro de los lanzamientos que realizará Katarina Kartonera en esta feria, junto con Trajeto Kartonero de Evandro Rodrigues y Figurantes de Sergio Medeiros. Muestra de la moderna literatura africana en lengua portuguesa. Imperdible. In: http://asunzionkartonera.blogspot.com/


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Figurantes, por Sérgio Medeiros

Poesia

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http://asunzionkartonera.blogspot.com/


Visita ao Portal ijuhy.com

Reportagem, por Maraísa Forgiarini, http://www.ijui.com/entretenimento/cultura/21577-evandro-rodrigues-cartonerismo-consiste-na-confeccao-de-livros-a-partir-de-material-reciclado

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DEZ ROMANCES BREVES, POR LUIZ ROBERTO GUEDES

[O romance segundo a mulher do escritor]

MEU AMIGO ESCRITOR GOSTA DE SE CASAR quando se apaixona. Sua nova mulher é a quarta companheira em nove anos. A mulher do escritor tem olhos grandes, boca sensual, sorriso de estrela de cinema. Ela me lembra alguém que não é ela — alguém que devo ter visto numa tela. A mulher de meu amigo tem seios pequenos, coxas robustas e ancas ondulantes. A mulher do escritor tem uma barriguinha venusiana e uma bunda pneumática, delineadas sob o vestido fino. A mulher de meu amigo tem delicadezas para comigo. A cada encontro, a mulher do escritor abre uma página em branco, dá mais um passo à beira de uma história. Cada gesto transparece sua ciência do efeito de sua beleza sobre mim. Na noite de outono, no jardim sob a lua, em meio ao ruído da festa, a mulher de meu amigo deixa deslizar a mantilha, reluz seus ombros nus. Seus olhos grandes são lagoas hipnóticas. Agora avançamos para o começo de nossa história. Só posso desejar ao meu amigo escritor toda a felicidade em seu próximo romance.

[publicado originalmente em www.cronopios.com.br]

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Luiz Roberto Guedes é conectado, contemporâneo, poeta, escritor e tradutor. Nasceu e vive em São Paulo. Publicou Calendário Lunático / Erotografia de Ana K, poemário bilíngue, português/italiano (2000), Minima Immoralia / Dirty Limerix (2007), a novela histórica O mamaluco voador (2006), e organizou Paixão por São Paulo, antologia poética paulistana (2004), com 71 poetas, de 1920 a 2003. É autor de vários livros juvenis, como Lobo lobão lobisomem (1997), Treze Noites de Terror (2002), Armadilha para lobisomem (2005) e Meu Mestre de História Sobrenatural (2008). Organizou a coletânea de contos O Livro Vermelho dos Vampiros (2009), com 13 autores de ponta da moderna literatura brasileira. Lançou em 2010 a coletânea de contos eróticos Alguém para amar no fim de semana [Annablume] e a novela juvenil Viajantes do Trem-Fantasma [Escala Educacional]. Letrista sob o pseudônimo de Paulo Flexa, tem parcerias com os compositores Luiz Guedes & Thomas Roth, Beto Guedes, César Rossini, Madan e Ronaldo Rayol, entre outros. O autor não tem blogue, mas se rendeu ao Twitter: @LRGuedes


V CONGRESSO INTERNACIONAL ROA BASTOS DE LITERATURA: RAFAEL BARRETT

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Comemoração de aniversários das editoras cartoneras Yiyi Jambo, Paraguai e Katarina Kartonera, Brasil.

El movimiento kartonero capta la gênesis de nuestro tempo en latinoamerica. Nasció de lá crisis, pro no quer ser primero mundo. Accepta su origem indígena, el calor de la sabiduria, el despojamiento a full. Saluda la revolucíon, de las personas, es comunitário y cooperativo. Es ecológico, pero antes de tudo social. Pretende reciclar sueños, freudianos y piscianos.

Yiyi Jambo, la primeira editora cartonera del Paraguay, completa 3 anos de existência transfronteriza y vem a la Casa de las Rosas junto a los convidados especiais celebrar com los lectores de São Paulo libros hand made com kapas que nunka se repetem pintadas a manos por el Justiciero Xa Xa Xa Douglas Diegues y el El Domador de Yakares y kolaboradores en la kapital paraguaya.

Katarina Kartonera, um projeto editorial cartonero de caráter literário, de vanguarda, contemporâneo, filosófico e artístico, com um pensamento sem fronteira, autônomo, sem vínculo oficial institucional algum, comemorando dois anos.

Personagens diversos e entusiasmos não faltaram na Casa das Rosas (SP), durante o evento.

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Luis Roberto Guedes, escritor, foi e ficou! Surpreso com a presença súbita de uma noiva firmou outro casamento. Será dele o próximo livro a ser publicado pela katarina kartonera

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Twittou, Guedes http://twitter.com/LRGuedes

"Curtindo o bardo paraguaio Cristino Bogado, "Las putas drogas" (edición Katarina Kartonera). Caudalosa fala hispanoguarani.

Curti as edições da KK, Katarina Kartonera, de SC. Fui convidado a publicar alguma coisa com eles. Vou escolher no capricho.

Apesar do frio do cão, foi legal a Fiesta Kartonera na Casa das Rosas. Uma profusão de poetas: ao vivo e entre capas de "cartón" pintado."

Dulcinéia Catadora, prima irmã cartonera, ajudou a esquentar a noite, lançando "Barcolagem", de Guilherme Mansur. Arqueria editorial foi outra convidada que se fez presente.

Lançamento de livros: Bafo & Cinza, de Sérgio Medeiros, e Triplefrontera Dreams, por Douglas Diegues//.


Conselho editorial da katarina kartonera é finalista Jabuti 2010

22 DE SETEMBRO DE 2010 A EDITORA KATARINA KARTONERA COMEMORARÁ 2 ANOS E O PRESENTE NÃO PODERIA SER MELHOR!!! É COM IMENSA ALEGRIA QUE RECEBEMOS ESTA ÚLTIMA NOTÍCIA: SÉRGIO MEDEIROS E DIRCE WALTRICK DO AMARANTE, CONSELHEIROS EDITORIAIS DA KATARINA KARTONERA, SÃO FINALISTAS DO PRÊMIO JABUTI DE 2010. SÉRGIO PARTICIPA NESTA FINAL NA CATEGORIA POESIA COM O LIVRO “O SEXO VEGETAL”, LIVRO QUE FOI PUBLICADO PRIMEIRAMENTE NESTA EDITORA CARTONERA. DIRCE WALTRICK DO AMARANTE, QUE TAMBÉM JÁ PUBLICOU CONOSCO “PEÇAS SINTÉTICAS”, ESTÁ NOUTRA FINAL, CATEGORIA ENSAIO / TEORIA LITERÁRIA, COM O LIVRO “PARA LER FINNEGANS WAKE”.

ENTREVISTA: Em O Sexo Vegetal, o escritor Sérgio Medeiros revisita mitos, por Mariana Filgueiras entrevistas

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"Sempre, para sempre, lá e cá", livro com poemas de Velimir Khlébnikov, traduzidos por Aurora Bernardini, professora de Teoria literária, Literatura comparada e Literatura russa da Universidade de São Paulo -USP.

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Ilustrações: Adriana Peliano

Sobre o autor
Velimir Khlébnikov
(1885-1922)

Por muitos anos, o nome do poeta russo, um dos mais radicais do século XX, ficou excluído de enciclopédias e histórias da literatura. Atualmente, porém, está generalizado o reconhecimento do seu papel decisivo como renovador da poesia russa moderna, ao lado de Maiakovski. Tal como os demais poetas cubo-futuristas, teve posição favorável à Revolução de Outubro. Em 1921, participou da campanha do Exército Vermelho na Pérsia. Sua morte, quando ele já havia se transferido para Moscou, passou quase despercebida, o que provocou um artigo indignado de Maiakovski.

Sobre a tradutora

Aurora Bernardini, a tradutora de nossa edição dos poemas de Khlébnikov, é professora de literatura russa na Universidade de São Paulo - USP, ensaísta e tradutora; verteu para o português numerosos autores russos e europeus. Já recebeu vários prêmios, entre eles o Jabuti.


From Texas - short story: A Carne do Metrô

O livro A Carne do Metrô, de Rodrigo Lopes de Barros, publicado em 2009, editora Katarina Kartonera, é referência de conto contemporâneo no Roteiro Mínimo, texto que integra a lista bibliográfica do curso Brazilian short story, Department of Spanish and Portuguese (Literatura brasileira) - UNIVERSITY OF TEXAS AT AUSTIN, proferido pelo professor Dr. Ivan Teixeira. Acesse na íntegra o texto Roteiro Mínimo sobre Conto.

O conto que dá nome ao livro, A Carne do Metrô, foi vencedor na sua categoria em 2004 no 1.º Concurso Cultural ´Caderno 2´, organizado pelo jornal o Estado de São Paulo, iniciativa realizada para comemorar os 450 anos cidade de São Paulo. http://www.estadao.com.br/arquivo/arteelazer/2004/not20040123p4453.hteve

SOBRE O AUTOR (A Carne do Metrô)

Rodrigo Lopes de Barros nasceu em Três Lagoas (MS), estudou direito e teoria literária em Florianópolis (SC), e agora vive em Austin, Texas. Cineasta, ele vem trabalhando no primeiro filme aberto brasileiro, Collision, tendo dirigido anteriormente o documentário Há vida após a modernidade? (2005) e o curta de ficção O Corpo (2007). Publicou também vários ensaios sobre teoria da modernidade, tratando de Carl Schmitt, Derrida, Levinas, surrealismo, vodu, etc.

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Ivan Teixeira é autor de Mecenato Pombalino e Poesia Neoclássica (Edusp/Fapesp, 1999), pelo qual recebeu o Lasa Book Prize (EUA) e o Prêmio Jabuti, ambos em 2000. Doutor em literatura brasileira pela USP, professor de literatura brasileira da ECA e da Universidade do Texas (Austin).

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O Gato Peludo e o Rato-de Sobretudo, por Wilson Bueno, editora katarina kartonera. Tradução André Cechinel (bilíngue português-inglês)

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Menino: Kalil de Oliveira Rodrigues

O Gato Peludo e o Rato-de-Sobretudo

À sombra de grande árvore
Deitou-se o Gato Peludo.
“Deus nosso, Deus nos salve!”
Disse cansado de tudo.

Era fina a voz do Gato
De tanto calor no caminho.
Peludo ele era de fato
Mas o Sol lhe queimava o focinho.

Tanta sombra, macio vento,
Dormiu-se todo o Gato Peludo
E sonhou por um momento
Que era o Rato-de-Sobretudo.

Porque rico, o Rato-de-Sobretudo
Calor calourento jamais havia sentido.
Glabro, que é o contrário de peludo,
De sobretudo, ostentava o nariz erguido.

Já o Gato, sendo o Rato, assim vestido,
Então se sentiu ainda mais ardente.
No sonho, o sobretudo franzido,
De calor, inteiro rasgou no dente.

Foi moeda para todo lado,
O Rato-de-Sobretudo era bem rico.
E o Gato, mesmo que contrariado,
Quieto tratou de calar o bico.

Vai que o Rato soubesse
Que o rico agora era ele, o Gatuno,
Apesar de que em sonho fosse
A roubar do Rato toda fortuna?

(continuação…)

The Furry Cat and the Mouse-in-Overcoat

Tradução: André Cechinel (Nova York, 2009)

The Furry Cat laid down
Under the shadow of a big tree.
“Oh God, God save us all!”
He said, tired of all there is.

Shrill was his voice
Of so much heat in his path.
Furry he was, in fact,
Still the sun burned his muzzle.

So nice the shadow, soft the breeze,
That the Furry Cat lost himself in sleep.
And for a moment then he dreamed
Of being the Mouse-in-Overcoat instead.

Rich he was, the Mouse-in-Overcoat,
That such heat he had never felt.
Furless, the opposite of furry,
Snobbish in his overcoat he looked.

But the Cat, being the mouse, dressed like that,
Warmer and warmer still he felt.
In the dream, of so much heat,
His crimped overcoat he torn with his teeth.

The coins fell all over the place,
Since the Mouse-in-Overcoat was rich.
And the Cat, even though upset,
Kept his mouth really shut.

Imagine if the Mouse knows
That he was rich now, the Cat,
Even in a dream to steal from
The Mouse all his fortune?

(continuação…)


Compartilhamos, com Kutsemba Cartão, a edição (brasileira), bilíngue, português-inglês, de O Gato Peludo e o Rato-de-Sobretudo, por Wilson Bueno. Agora os amigos Kutsemberos irão publicar seu terceiro livro cartoneiro; que farão numa versão incluindo quatro idiomas, português-inglês-espanhol-changana, com sotaque Maputo, na língua tsonga (ou changana), uma das línguas nacionais de Moçambique.

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Durante a I Feria del Libro de Maputo foi inaugurada a primeira kartonera no continente africano: Kutsemba Cartão!

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"Kutsemba Cartão é um sonho, uma esperança de transformar em realidade um projecto socio-cultural que pretende abrir novas perspectivas para a difusão da literatura em Moçambique, levando livros a sectores da população habitualmente excluídos do mercado do livro, se bem pela sua precariedade económica como pela escassa instrução que têm podido receber. Seguimos o modelo plural das editoras «cartoneras» que se têm disseminado por toda a América Latina desde 2003, as quais produzem livros artesanais a baixo custo, com capas de cartão reciclado. Com esse objectivo em mente, visamos desenvolver projectos comunitários através da inclusão de grupos marginalizados ou vulneráveis, em ateliers de manufactura de livros, assim como noutras actividades educacionais que a própria editora poderá vir a fomentar. É desta forma que Kutsemba Cartão vem à luz, com a esperança de abrir uma página ao porvir, fazendo do livro uma realidade acessível para todas as mãos que anseiem folheá-lo."

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Cartonera en Moçambique publica su primer título:
"Mulher Asfalto"

http://kutsemba.com/Comunicadosdeimprensa.aspx


O quê: Lançamento de Fio no Pescoço, de André do Amaral, pela Editora Katarina Kartonera
Onde: Bristô do Museu Nacional do Mar, em São Francisco do Sul/SC
Quando: 08 de março, às 20 horas

(click nas imagens para ampliar)

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Sobre o autor

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André Luiz do Amaral é graduado em teologia (Escola Superior de Teologia, São Leopoldo/RS) e mestrando em Literatura na Universidade Federal de Santa Catarina, com auxílio do CNPQ. Nasceu em Florianópolis (SC), filho de um pastor protestante e de uma professora de biologia. Tem 23 anos. Vive entre a capital catarinense e a pequena ilha de São Francisco do Sul (SC). Este é seu primeiro livro.
--——

5ª Feira Nacional do Livro de Poços de Caldas e 4ª Flipoços — Festival Literário de Poços de Caldas, entre 24 de abril a 2 de maio de 2010

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Visita do escritor Ferréz


Fio no pescoço, de André do Amaral.

(Prefácio de Sérgio Medeiros)

O quê: Lançamento de Fio no Pescoço, pela Editora Katarina Kartonera
Onde: Bristô do Museu Nacional do Mar, em São Francisco do Sul/SC
Quando: 08 de março, às 20 horas

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Arte e animalidade, produção coletiva da Pós-Graduação em Literatura UFSC.

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E-book disponível http://katarinakartonera.wdfiles.com/local--files/livros/arteEANIMALIDADE.pdf

Apresentação

A vertente animal, Sérgio Medeiros*

Em 1896, o escritor francês Jules Renard publicou Histórias naturais (há uma tradução brasileira recente, de 2006, assinada por Renata Cordeiro e publicada pela Landy Editora, de São Paulo), que narra “o dia-a-dia dos animais, nossos amigos”. Como já era de esperar, esse bestiário famoso (Maurice Ravel compôs uma música em sua homenagem) traz um capítulo dedicado às formigas, que são descritas assim:

Cada uma delas se assemelha ao número 3.
E como as há! E como as há!
Há 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3… até o infinito.

Eis um exército de formigas, um exército assustadoramente infinito. Outros bestiários, antigos e modernos, também incluem em seu elenco de bichos exércitos tão poderosos. Os insetos avançam como soldados obedientes, mas são também “desleais” e “criminosos”, em certos bestiários. É o que sucede, também, num romance modernista como Macunaíma, de Mário de Andrade, onde as saúvas guerreiras e famintas ameaçam devorar a consciência do “herói” da nossa gente (“Deixou-a [a consciência] bem na ponta dum mandacaru de dez metros, pra não ser comida pelas saúvas”) ou, posteriormente, em Quarup, de Antônio Calado, que descreve um imenso formigueiro no centro do Brasil, ou, mais contemporaneamente, na novela Um Copo de Cólera (Companhia das Letras, São Paulo, 1998), de Raduan Nassar, na qual o narrador esbraveja contra as formigas que atacam seu jardim (a consciência da classe média estaria guardada ali?):

(…), e desabalei feito louco, e assim que cheguei perto não agüentei ‘malditas saúvas filhas-da-puta’, e pondo mais força tornei a gritar ‘filhas-da-puta’, vendo uns bons palmos de cerca drasticamente rapelados, vendo uns bons palmos de chão forrados de pequenas folhas, (…), eu estava uma vara vendo o estrago, eu estava puto com aquele rombo, (…).

Os insetos proliferam e ameaçam tomar conta do mundo e do Brasil, em suma, como constatamos no conto “Noivado” (Nove, novena, Melhoramentos, São Paulo, 1975), do escritor Osman Lins:

(Os insetos parecem criação de algum gênio ocioso e imaginativo. Corpos esféricos, em forma de gravetos, de sementes, de moedas, a cabeça alongada como faca, ápteros, de asas estendidas ou incrustadas no dorso, armados de pinças, de brocas, de aguilhões, de mandíbulas, olhos facetados, antenas, as pernas curtas, ou longas, ou incontáveis, negros, coloridos, mudos, vozes da Noite, cantores do Verão, úteis, predadores, habitantes das águas, da superfície, das profundezas, do ar, eles, mais do que nenhuma outra espécie viva, sondam as possibilidades do mundo.)

Há, sem dúvida, muitos outros exemplos de insetos maravilhosos na literatura brasileira que eu poderia citar (para ficar apenas no campo da prosa, diria que as obras de Lima Barreto, Simões Lopes Neto, Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles são fontes preciosas, nesse sentido), mas desejo agora chamar a atenção para os ensaios reunidos neste volume, que tem a pretensão de falar das relações possíveis entre arte e animalidade. Os pensamentos também voam, nadam, correm, como observou Jean-Christophe Bailly, no livro Le versant animal (Bayard, Paris, 2007). Eis o pensamento animal que cabe à arte, sobretudo à arte, expressar e desvendar.

Os diferentes autores destes textos circundam e discutem esses gestos e pensamentos, recriados pelos artistas . E tornam mais próximos de nós o “longínquo”.

*No primeiro semestre de 2009 ministrei na UFSC o curso de pós-graduação “Bestiário e Guerra”. Como trabalho final, foi exigido de cada participante a redação de um ensaio sobre arte e animalidade. Eis o resultado, ou parte significativa dele, que oferecemos agora ao leitor.


Katarina Kartonera já faz parte do acervo da biblioteca da Universidade de Vigo

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CUMBIA” CARTONEIRA PARA ASTRONAUTAS
PROXECTO EDITORIAL E ARTÍSTICO LATINOAMERICANO
*

"A participación de varios membros da Facultade de Filoloxía e Tradución da Universidade de Vigo no IV Simpósio Roa Bastos de Literatura na Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil) os días 8 e 9 de outubro de 2009 permitiunos coñecer o proxecto das cartoneiras. Alí presentouse o editor responsable de Catarina Cartonera, Evandro Rodriguez, vendédonos “cachaça” e “cataventos” a todos! detrás dun Boliche de coloristas cartoneiras. Foi él o que nos deu a coñecer o novedoso e alternativo proxecto editorial latinoamericano animándonos a participar cunha cartoneira galega.

Catarina Cartoneira naceu en Florianópolis en setembro de 2008 e a súa proposta segue básicamente os patróns doutras cartoneiras latinoamericanas como Eloísa Cartoneira (Buenos Aires, 2003), Sarita Cartonera (Lima, 2004) que lles serviron de inspiración.
“Catarina” refírese ao estado de Santa Catarina e “Cartonera” é unha referencia ao modelo de produción de libros, feitos artesanalmente con cartón ondulado, material co que se fan as tapas.

Unha característica desta cartoneira e que a singulariza é a súa defensa do “Portunhol selvagem” como un acto que vai máis alá da defensa da mestura de todas as linguas do Brasil e do Paraguai; buscando na lingua un equilibrio entre iguais que se tráta de romper a través de tratados económicos desiguais como o de Itapú binacional entre Brasil e Paraguai ainda vixente dende que fora firmado en 1973 polos dous dictadores dese momento.

Editor responsable e proxecto gráfico: Evandro Rodrigues
Consello Editorial: Sérgio Medeiros e Dirce Waltrick do Amarante"

*Texto em galego de autoria da Profª Dra. Carmen Luna Sélles (Un. Vigo – España).

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Katarina kartonera no IV Simpósio Roa Bastos de Literatura (Universidade Federal de Santa Catarina - campus trindade) dias 08 e 09 de outubro de 2009.

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Susy Delgado lançou, neste bolicho, seu último livro, "Camino del huérfano", Editorial Arandurã, 2008. já escreveu, entre outros, "Algún extraviado temblor", prólogo de Rubén Barreiro Saguier y comentário de Augusto Roa Bastos, Editorial El Lecto, 1986; "El patio de los dentes", poemario, Editorial Arandurá, 1991; "Hijo de aquel verbo", poemario bilíngue: guaraní e espanhol, tradução da própria autora, Editorial Arandurã, 1999; "Literatura oral e popular del Paraguay", colaboração de Feliciano Acosta e Instituto Iberoamericano del Patrimônio Natural y Cultural, Equador, Editorial Arandurã, 2008.

Atualmente trabalha na "Dirección de Promoción de las Lenguas de la Secretaría Nacional de Paraguay". [[/size]]

Quem também marcou presença foi a Profª Dra. Carmen Luna Sélles, (Un. Vigo – España), coorganizadora deste simpósio e conferencista: Gonzalo Torrentes Ballester y La guerra civil española, el discurso del escéptico.

Iolanda Galanes, (Un. Vigo - España)- conferência: Guerra Civil e censura no Catálogo da Tradución Galega.


Produções no ateliê, junho de 2009.

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